Ter presença de Deus é, antes de mais nada, tomar consciência de que Deus vive e está sempre perto de nós: que nos vê, que nos ouve, que nos acompanha com amor e se interessa como Pai até pelas menores coisas da nossa vida. Creio que nos pode ajudar a perceber o sentido desta realidade recordar três passagens do Evangelho:
1ª) Você se lembra do pardal? Sim, do passarinho… Olhai os pássaros do Céu… - diz Jesus -, vosso Pai celeste os alimenta. Será que vós não valeis mais do que eles? (Mt 6,26). E também: Não se vendem dois pardais por uma moedinha? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais (Mt 10, 29.31). Presença de Deus Pai;
2ª) Você se lembra da última despedida de Jesus? Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos (Mt 28,29). Presença de Deus Filho;
3ª) Você se lembra da grande promessa de Jesus, na Última Ceia? Eu pedirei ao Pai, e ele vos dará outro Defensor [o Espírito Santo], que ficará para sempre convosco: o Espírito da Verdade…, que permanece junto de vós e está em vós (Jo 14,16-17) Presença de Deus Espírito Santo.
O Pai, o Filho e o Espírito Santo, a Santíssima Trindade está conosco, convive conosco, voltada amorosamente para nós. Mais ainda, mora em nós, como nos lembra São Paulo: «Acaso não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?» (1 Cor 3,16). Essa presença inefável de Deus, no “centro da alma” é o grande dom que recebem os filhos de Deus, quando vivem a vida da graça. «Nós somos - insiste São Paulo - o templo do Deus vivo, como disse o próprio Deus: …” Eu vos acolherei, e serei para vós um pai; e vós sereis meus filhos e filhas, diz o Senhor todopoderoso” » (2 Cor 6,16-18).
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